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Acesse: Oração à Rainha Celestial para cada dia do mês de maio

A alma para a Rainha Soberana: 

Querida Mãe, aqui estou novamente diante de seus joelhos maternos, e a encontro junto com o Menino Jesus; e, acariciando-O, diz-Lhe sua história de amor, e Jesus diz a sua. Oh! quão bonito é encontrar Jesus e sua Mãe falando um para o outro! E tanto é o desabafo de seu amor que se tornam mudos, arrebatados, a Mãe no Filho e o Filho na Mãe. Santa Mãe, não me separe, mas mantenha-me junto, para que, ouvindo aquilo que diz, eu possa aprender a amá-Los e sempre fazer a Santíssima Vontade de Deus.

Lição da Rainha do Céu:

Querida filha, oh! como a esperava, para continuar minha lição sobre o Reino que o Fiat Supremo estendia sempre mais em mim.

Agora, deve saber que a pequena casa de Nazaré era, para sua Mãe, para o querido e doce Jesus e para São José, um paraíso. Meu querido Filho, sendo Verbo Eterno, possuía em Si mesmo, por sua própria virtude, a Divina Vontade; e naquela pequena Humanidade residiam imensos mares de Luz, de Santidade, de Alegrias e de Belezas infinitas. E eu possuía a Divina Vontade por graça do Querer Divino; e, embora não pudesse abraçar a Imensidão, como meu amado Jesus – porque Ele era Deus e Homem, e eu sempre fui sua criatura finita – com tudo isso, o Fiat Divino me encheu tanto, que formou em mim os seus mares de luz, de santidade, de amor, de beleza e de felicidade. E tanta foi a luz, o amor e tudo o que um Querer Divino pode possuir, e que saíam de nós, que São José permanecia eclipsado, inundado e vivia de nossos reflexos.

Querida filha, nesta casa de Nazaré vigorava o Reino da Divina Vontade. Cada pequeno ato nosso, isto é, o trabalho, o acender o fogo, o preparar a comida, eram todos animados do Querer Supremo e formados sobre a solidez da santidade do puro amor. Portanto, do menor ao maior dos nossos atos, surgiam alegrias, felicidade, beatitudes imensas; ficávamos totalmente inundados, a nos sentirmos sob uma chuva forte de novas alegrias e de satisfações indescritíveis. 

Minha filha, deve saber que a Divina Vontade possui, por natureza, a fonte das alegrias; e quando reina na criatura, deleita-se de dar em cada ato seu, o ato novo contínuo de suas alegrias e felicidade. Oh! como éramos felizes! Tudo era paz, a maior união; e um se sentia honrado de obedecer ao outro. Mesmo meu querido Filho competia para ser comandado por mim e pelo meu querido São José nos pequenos trabalhos. Oh! quão lindo era vê-Lo no ato em que ajudava seu pai putativo nos trabalhos fabricados, ou ao vê-Lo se alimentar! Mas quantos mares de Graça fazia fluir naqueles atos em benefício das criaturas!

Agora, querida filha, ouça-me: nesta casa de Nazaré, o Reino da Divina Vontade foi formado em sua Mãe e na Humanidade de meu Filho, para fazer disto um dom para a família humana, quando estivessem dispostos a receber o bem deste Reino. E embora meu Filho fosse Rei e eu Rainha, nós éramos Rei e Rainha sem povo. Nosso Reino, embora pudesse envolver todos e dar vida a todos, estava deserto, porque primeiro era necessária a Redenção para preparar e dispor o homem para entrar neste Reino tão santo. Muito mais que, possuído por mim e pelo meu Filho, que pertencíamos à família humana de acordo com a ordem humana, e, em virtude do Fiat Divino e do Verbo Encarnado, à Família Divina, as criaturas receberam o direito de entrar neste Reino; e a Divindade cedeu o direito e deixou as portas abertas para quem quisesse entrar. Portanto, nossa vida oculta de tão longos anos, serviu para preparar o Reino da Divina Vontade para as criaturas. É por isso que quero que saiba o que este Fiat Supremo operou em mim, para que esqueça sua vontade e, dando a mão à sua Mãe, possa conduzi-la nos bens que lhe preparei com tanto amor. 

Diga-me, filha do meu Coração, você me contentará e ao seu e meu querido Jesus, que com tanto amor a esperamos neste tão santo Reino, a viver junto conosco, para viver toda de Vontade Divina? 

Minha querida filha, ouça outra característica do amor que meu querido Jesus me deu nesta casa de Nazaré: Ele me fez Depositária de toda a sua Vida. Deus, quando faz uma obra, não a deixa nem interrompida nem no vazio, mas sempre busca uma criatura onde Ele possa depositar e descansar sua obra; de outra forma, passaria o perigo de que Deus expusesse suas obras à inutilidade, o que não pode ser. Portanto, meu querido Filho depositou suas obras, suas palavras, suas dores, tudo em mim. Ele depositou até a respiração em sua Mãe. E quando, retirados na nossa casinha, tomava seu doce discurso e me narrava todos os Evangelhos que Ele deveria pregar em público, os Sacramentos que deveria instituir, tudo me confiava; e, depositando tudo em mim, constituiu-me canal e fonte perene, porque de mim deviam sair a sua Vida e todos os seus bens para o benefício de todas as criaturas. Oh! quão rica e feliz me sentia ao perceber depositar em mim tudo o que meu querido Filho Jesus fazia! O Querer Divino, que reinava em mim, dava-me o espaço para poder tudo receber; e Jesus sentia sua Mãe dar-Lhe a recíproca de amor, de glória da grande obra da Redenção. O que não recebi de Deus, porque nunca fiz minha vontade, mas sempre a Sua? Tudo; até a própria Vida de meu Filho estava à minha disposição; e enquanto permanecia sempre em mim, poderia bilocá-La para dá-La a quem me pedisse com amor.

Agora, minha filha, uma palavrinha a você: se sempre fizer a Divina Vontade e nunca a sua, e viver N’Essa, eu, sua Mãe, farei o depósito de todos os bens do meu Filho em sua alma. Oh! quão afortunada vai se sentir! Terá à sua disposição uma Vida Divina que lhe dará tudo; e eu, como verdadeira Mãe, me colocarei de guarda para que esta vida cresça em você e se forme o Reino da Divina Vontade.

A Alma:
Santa Mãe, em seus braços eu me abandono. Sou uma pequena filha que sente a extrema necessidade de seu cuidado materno. Oh! eu peço que pegue esta minha vontade e feche-a em seu Coração e não me devolva mais. Dessa forma, terei a felicidade de viver sempre de Vontade Divina. Assim, contentarei a Senhora e o meu querido Jesus. 

Pequena flor:
Hoje, para me honrar, fará três pequenas visitas na casa de Nazaré para homenagear a Sagrada Família, recitando três “Pai Nosso”, “Ave-Maria” e “Glória”, pedindo-nos que a admitamos viver em nosso meio.

Jaculatória:
Jesus, Maria e José, coloquem-me no seu meio para viver no Reino da Vontade de Deus.

 

APÊNDICE
Lição adicional nº 5 (amplia a meditação do dia vinte e cinco)

A Rainha do Céu no Reino da Divina Vontade . Visita ao Templo. Maria, modelo de oração. A perda de Jesus. Alegrias e sofrimentos.

A alma para sua Mãe Celestial:

Santa Mãe, seu amor materno me chama, com voz sempre mais potente, para perto da Senhora. Já a vejo ocupada, pronta para partir de Nazaré. Minha Mãe, não me deixe. Leve-me com a Senhora, e vou ouvir com atenção as suas outras sublimes lições.

Lição da Rainha do Céu:

Filha amada, a sua companhia e a atenção que mostra ao ouvir minhas lições celestiais a fim de me imitar, são as alegrias mais puras que pode dar ao meu Coração materno. Alegro-me porque posso compartilhar as imensas riquezas da minha herança com você. Voltando um olhar, ora para Jesus e ora para mim, preste-me atenção. Vou contar-lhe um episódio da minha vida que, embora tivesse um resultado de consolo, foi muito amargo para mim. Considere que, se o Querer Divino não me tivesse dado contínuos e novos goles de fortaleza e graça, teria morrido de pura agonia.

Continuamos a viver na casinha tranquila de Nazaré, e meu querido Filho crescia em Graça e em Sabedoria. Era atraente pela doçura e pela suavidade da sua voz, pelo doce encanto de seus olhos, pela amabilidade de toda a sua pessoa. Sim, meu Filho era verdadeiramente belo, extremamente belo!

Apenas tinha completado doze anos quando, de acordo com o costume, se faz a viagem a Jerusalém para a solenidade da Páscoa. Ele, São José e eu partimos. Muitas vezes, enquanto prosseguíamos a viagem com devoção e recolhimento, meu Jesus quebrava o silêncio e nos falava ou de seu Pai Celestial ou do imenso Amor que nutria em Seu Coração pelas almas.

Em Jerusalém, fomos diretamente ao Templo; e, ao chegar, prostramo-nos com a face no chão. Adoramos profundamente a Deus e oramos longamente. Nossa oração era tão fervorosa e recolhida que abria os Céus, atraía e ligava ao Pai Celeste e, portanto, acelerava a reconciliação entre Ele e os homens.

Agora, minha filha, quero confiar-lhe uma dor que me tortura: infelizmente, são tantos que vão na Igreja para rezar, mas a oração que dirigem a Deus para em seus lábios, porque seus corações e mentes fogem longe Dele! Quantos vão na Igreja por puro hábito ou para passar inutilmente o tempo! Estes fecham o Céu em vez de abri-lo. E quão numerosas são as irreverências que são cometidas na Casa de Deus! Quantos flagelos não seriam poupados no mundo e quantos castigos não seriam convertidos em graças, se todas as almas se esforçassem para imitar o nosso exemplo!

Somente a oração que brota de uma alma em que reina a Divina Vontade age de forma irresistível sobre o Coração de Deus. Essa é tão potente para vencê-Lo e para obter Dele as máximas graças. Portanto, cuide-se de viver no Divino Querer; e sua Mãe, que a ama, concederá à sua oração os direitos de sua poderosa intercessão.

Depois de haver cumprido nosso dever no Templo e ter celebrado a Páscoa, preparamo-nos para fazer o retorno a Nazaré. Na confusão da multidão, nos perdemos. Fiquei com as mulheres e José juntou-se aos homens.

Olhei em volta para me certificar de que meu querido Jesus tinha vindo comigo; mas, sem o tê-Lo visto, pensei que permanecia com seu pai José. Qual não foi, ao invés, o espanto e a ansiedade que provei, quando, ao chegar no ponto em que nos reuníamos, não O vi ao seu lado! Ignorando o que aconteceu, sentimos tanto susto e tal dor que ambos ficamos mudos. Aflitos pela dor, retornamos apressadamente, perguntando ansiosamente a todos os que encontrávamos: “Oh! diga-nos se viu Jesus, nosso Filho, porque não podemos mais viver sem Ele!“

E chorando, descrevíamos os seus traços: “Ele é todo amável, os seus belos olhos azuis irradiam luz e falam ao coração; o seu olhar atinge, encanta, acorrenta; a sua fronte é majestosa; o seu semblante é lindo, de uma beleza encantadora; a sua voz dulcíssima desce ao coração e adoça toda a amargura; os seus cabelos, encaracolados e como de ouro finíssimo, torna-o especial, gracioso. Nele tudo é majestade, dignidade, santidade. Ele é o mais belo entre os filhos dos homens!“

No entanto, apesar de todas as nossas buscas, ninguém sabia nos dizer nada. A dor que eu provava aumentava de tal modo, a me fazer chorar amargamente e de abrir fendas profundas na minha alma em cada instante, o que me causava verdadeiros espasmos de morte.

Querida filha, se Jesus era o meu Filho, Ele também era o meu Deus; portanto, minha dor foi toda em ordem divina, isto é, tão potente e imensa a superar todos os outros tormentos possíveis juntos.

Se o Fiat que eu possuía não tivesse me sustentado continuamente com sua força divina, teria morrido de desgosto.

Vendo que ninguém sabia nos dar notícias, interrogava ansiosamente aos Anjos que me cercavam: “Mas, digam-me, onde está o meu amado Jesus? Onde devo dirigir meus passos para poder encontrá-Lo? Ah! digam-Lhe que eu não posso mais continuar, tragam-No sobre as suas asas em meus braços! Meus Anjos, tenham piedade de minhas lágrimas, socorram-me , tragam-me Jesus!“

Enquanto isso, resultava inútil cada procura, e retornamos a Jerusalém. Depois de três dias de suspiros amargos, de lágrimas, de ansiedades e de temores, entramos no Templo. Eu estava com os olhos atentos e procurava em todos os lugares quando, eis, finalmente, como superado pelo júbilo, encontrei meu Filho, que estava no meio dos doutores da lei! Ele falava com tanta sabedoria e majestade de deixar impressionados e surpresos todos os que O ouviam.

Só de vê-Lo, senti-me retornar a vida e, imediatamente, entendi o motivo oculto de Sua perda.

E agora, uma palavrinha para você, querida filha: neste mistério, meu Filho quis dar a mim e a você um ensinamento sublime. Você poderia, talvez, imaginar que Ele ignorasse o que eu sofria? Pelo contrário, porque minhas lágrimas, minhas buscas, minha dor cruel e intensa ecoavam em Seu Coração. No entanto, durante aquelas horas tão dolorosas, Ele sacrificava à sua Divina Vontade a sua própria Mãe, aquela que Ele tanto ama, para demonstrar-me como eu, também, um dia, teria que sacrificar a Sua própria vida ao Querer Supremo.

Nesta dor indescritível, não esqueci você, minha amada. Pensando que essa foi para servir de exemplo, eu a mantive à sua disposição, para que no momento apropriado, tenha força para sacrificar cada coisa à Divina Vontade.

Assim que Jesus acabou de falar, nos aproximamos reverentemente Dele e Lhe demos uma doce repreensão: “Filho, por que nos fez isso?” E Ele, com dignidade divina, nos respondeu: “Por que me procuravam? Não sabiam que vim ao mundo para glorificar o meu Pai?” Tendo entendido o alto significado de tal resposta e tendo adorado n’Essa o Querer Divino, retornamos a Nazaré.

Filha do meu Coração materno, escute: quando perdi meu Jesus, a dor que sofri foi muito intensa. Além disso, a esta foi adicionada uma segunda, ou seja, a do seu próprio se perder (da minha filha). De fato, prevendo que você iria separar-se da Vontade Divina, senti-me ao mesmo tempo privada do Filho e da filha, e, portanto, minha Maternidade sofreu um duplo golpe.

Minha filha, quando estiver a ponto de fazer a sua vontade em vez da de Deus, considere que, ao abandonar o Fiat Divino, está a perder Jesus e a mim e a precipitar-se no reino das misérias e dos vícios. Portanto, mantenha a palavra que me deu de permanecer indissoluvelmente unida a mim; e lhe concederei a graça de nunca mais deixar-se dominar pela sua vontade, mas exclusivamente pela Divina.

A Alma:
Santa Mãe, tremo pensando nos abismos aos quais minha vontade é capaz de precipitar-me. Por causa disso, posso perder a Senhora, posso perder Jesus e todos os bens celestiais. Mãe, se a Senhora não me ajudar, se não me revestir com a Potência da luz do Querer Divino, sinto que não me é possível viver com constância de Vontade Divina. Portanto, coloco toda a minha esperança na Senhora; eu confio e espero tudo da Senhora. Que assim seja.

Pequena flor:
Recitará três “Ave-Maria” para compadecer da intensa dor que sofri durante os três dias em que fui privada do meu Jesus.

Jaculatória:
Santa Mãe, conceda-me perder para sempre a minha vontade, para viver só no Divino Querer.

 

Lição adicional nº 6 (amplia a meditação do dia vinte e cinco)

A Rainha do Céu no Reino da Divina Vontade sobre a terra. Rainha das famílias. Rainha dos milagres. Ligação nupcial entre o Fiat e a Criatura. As núpcias de Caná.

A alma para sua Mãe Celestial:

Santa Mãe, aqui estou junto à Senhora e ao doce Jesus, para assistir um novo casamento, para ver os prodígios e compreender o grande mistério, e onde chega seu amor materno por mim e por todos. Minha Mãe, pegue minha mão; coloque-me aos seus joelhos; revista-me com o seu amor; purifique minha inteligência e me diga por que quis assistir a este matrimônio.

Lição da Rainha do Céu:

Minha querida filha, o meu Coração está pleno de amor e senti a necessidade de lhe dizer a causa, a razão pela qual, juntamente com meu Filho Jesus, quis assistir a este casamento das núpcias de Caná. Pensa que fosse por uma cerimônia qualquer? Não, filha, há profundos mistérios! Preste atenção em mim e direi coisas novas: como o meu amor de Mãe se mostrou de maneira incrível e como o amor de meu Filho deu verdadeiros sinais de Paternidade e de Realeza pelas criaturas.

Agora, ouça-me. Meu Filho retornou do deserto e se preparava à vida pública; mas, primeiro queria assistir a este casamento e, portanto, permitiu o convite.

Nós fomos, não para comemorar, mas para operar grandes coisas a favor das gerações humanas. Meu Filho tomou o lugar de Pai e de Rei das famílias, e eu tomei o lugar de Mãe e Rainha. Com a nossa presença, renovamos a santidade, a beleza e a ordem das núpcias formadas por Deus no Éden, isto é, de Adão e Eva, casados ​​pelo Ser Supremo para povoar a Terra e para multiplicar e crescer as futuras gerações. O matrimônio é a substância, onde surge a vida das gerações. Pode ser chamado o tronco, do qual a terra é povoada. Os sacerdotes, os religiosos, são os ramos. Se não fosse pelo tronco, os ramos também não teriam vida. Portanto, com o pecado, retirando-se da Divina Vontade, Adão e Eva fizeram perder a santidade, a beleza, a ordem da família. E eu, sua Mãe, a nova e inocente Eva, juntamente com meu Filho, fomos reordenar aquilo que Deus fez no Éden; e me constituía Rainha das famílias, e impetrava a graça que o Fiat Divino reinasse nelas, que as famílias pertencessem a mim e eu tivesse o lugar de Rainha no meio delas.

Mas não é tudo, minha filha. Nosso Amor ardia, e queríamos dar a conhecer o quanto nós os amávamos e dar-lhes a mais sublime das lições. Eis como: no meio do jantar, o vinho acabou, e o meu Coração de Mãe se sente consumar de amor que quer prestar ajuda; e, sabendo que meu Filho tudo podia, com tons suplicantes, mas certa de que Ele me ouviria, disse-Lhe: “Meu Filho, os esposos não têm mais vinho.” E Ele me respondeu: “Minha hora ainda não chegou, de fazer milagres.” E eu, sabendo com certeza que Ele não me negaria o que Sua Mãe Lhe pedia, digo aos que serviam a mesa: “Façam o que o meu Filho lhes disser e terão o que desejam, e ainda terão mais e o superabundante.”

Minha filha, nessas poucas palavras, eu dava uma lição às criaturas, a mais útil, necessária e sublime. Eu falava com o Coração de Mãe e dizia: “Meus filhos, vocês querem ser santos? Façam a Vontade de meu Filho, não se afastem daquilo que Ele Lhes diz e terão Sua semelhança, Sua santidade à sua disposição. Querem que todos os seus males cessem? Façam o que meu Filho lhes diz. Querem alguma graça, mesmo que difícil? Façam o que Ele diz e quer. Vocês também querem as coisas necessárias da vida natural? Façam o que o meu Filho diz, porque em Suas palavras, naquilo que Ele lhes diz e quer, tem incluso tal Potência que, quando Ele fala, a sua palavra inclui o que vocês pedem e faz surgir em suas almas as graças que desejam.” Quantos se veem cheios de paixões, fracos, aflitos, infelizes, miseráveis ​​e ainda oram e oram. Mas, como não fazem o que o meu Filho diz, não obtêm nada, e o Céu parece fechado para eles. E é uma dor para a sua Mãe, porque vejo que, enquanto oram, se afastam da fonte onde residem todos os bens, que é a Vontade de meu Filho.

Agora, os servos fizeram precisamente o que meu Filho disse a eles, isto é: “Encham os vasos com água e levem-nos à mesa.” Meu querido Jesus abençoou aquela água e converteu-se em vinho requintado. Oh! mil vezes bem-aventurado aquele que faz o que Ele diz e quer! Com isso, meu Filho me dava a maior honra; elegeu-me Rainha dos milagres. Pois queria minha união e oração, ao operar o primeiro milagre. Ele me amava tanto que quis me dar o primeiro lugar de Rainha também nos milagres; e, com fatos dizia, não com palavras: “Se querem graças, milagres, venham à Minha Mãe; Eu nunca lhe negarei nada do que ela quer.“

Além disso, minha filha, ao assistir este casamento, olhava para os séculos futuros; e via o Reino da Divina Vontade sobre a terra. Olhava para as famílias e impetrava-lhes que simbolizassem o Amor da Sacrossanta Trindade, para fazer que o seu Reino estivesse em pleno vigor; e, com os meus direitos de Mãe e Rainha, tomava para mim o seu comando e, possuindo a fonte, colocava à disposição das criaturas todas as graças, as ajudas, a santidade que se necessita para viver em um Reino tão santo. E, por isso, repito continuamente: “Faça o que meu Filho lhe diz“.

Minha filha, ouça-me: não procure outro, se quer tudo em seu poder, e me dê o contentamento de poder fazer de você a minha verdadeira filha e da Divina Vontade. E então tomarei sobre mim o empenho de formar as núpcias entre você e o Fiat; e, fazendo-me de verdadeira Mãe, vincularei as núpcias, dando-lhe por dote a própria Vida do meu Filho e por dom a minha Maternidade e todas as minhas virtudes.

A Alma:
Mãe Celeste, quanto devo agradecê-la pelo grande amor que me traz; e como, em tudo o que faz, tem sempre um pensamento para mim, e me preparado e dado tantas graças, que juntamente comigo, Céu e terra se comovem e extasiam; e todos dizemos à Senhora: “Obrigada! Obrigada!” Santa Mãe, esculpa suas santas palavras em meu coração: “Faça o que meu Filho lhe diz“, para que gere em mim a Vida da Divina Vontade, que tanto desejo e suspiro; e sele a minha vontade, para que seja sempre submetida à Divina.

Pequena flor:
Em todas as nossas ações, alonguemos nossos ouvidos, para escutar nossa Mãe Celeste, que nos diz: “Façam o que meu Filho lhes diz”, para que tudo façamos a fim de cumprir a Divina Vontade.

Jaculatória:
Santa Mãe, venha em minha alma e me faça o milagre de ser possuída da Divina Vontade.