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Acesse: Oração à Rainha Celestial para cada dia do mês de maio

A alma para sua Mãe Rainha:

Mãe Transpassada, sua pequena filha, sabendo que a Senhora está sozinha sem o seu Bem amado Jesus, quer se estreitar para fazer-lhe companhia em sua mais amarga desolação. Sem Jesus, todas as coisas são transformadas em tristeza para a Senhora. A memória de suas dores agonizantes, o doce som de sua voz, que ainda ressoa em seu ouvido, o olhar encantador de seu querido Jesus, ora doce, ora triste, ora dilatado em lágrimas, mas sempre arrebatando seu Coração materno, por não mais tê-Lo com a Senhora, são espadas que atravessam de ponta a ponta o seu trespassado Coração. 

Mãe Desolada, sua querida filha quer dar-lhe conforto, compaixão, por cada dor. Mais que isso, gostaria de ser Jesus para poder-lhe dar todo o amor, todo o conforto, o alívio e a compaixão, que o próprio Jesus lhe teria dado neste estado de amarga desolação. O doce Jesus me deu à Senhora como filha; portanto, coloque-me em seu lugar, no seu Coração maternal; e serei toda para minha Mãe. Enxugarei suas lágrimas, e sempre lhe farei companhia. 

Lição da Mãe e Rainha desolada:

Querida filha, obrigada pela sua companhia; mas se quiser que sua companhia me seja doce e querida, e portadora de conforto para meu Coração trespassado, quero encontrar em você a Vontade Divina operante, dominante, e que não ceda à sua vontade nem ao menos um sopro de vida. Então, sim, vou trocá-la com o meu Filho Jesus, porque a Sua Vontade, estando em você, n’Essa perceberei Jesus em seu coração; e, oh! como serei feliz de encontrar em você o primeiro fruto de suas dores e da sua morte. Ao encontrar meu amado Jesus na minha filha, minhas penas se transformarão em alegrias e minhas dores em conquistas. 

Agora, escute-me, filha de minhas dores. Apenas meu Filho deu seu último suspiro, desceu à mansão dos mortos, como triunfador e portador de glória e de felicidade, naquela prisão onde se encontravam todos os Patriarcas e Profetas, o primeiro pai Adão, o querido São José e os meus santos pais, e todos os que, em virtude dos méritos previstos do futuro Redentor, foram salvos. Eu era inseparável do meu Filho, e nem mesmo a morte poderia tirá-Lo de mim. Portanto, no ardor de minhas dores, eu O segui para a mansão dos mortos e fui a espectadora da festa, da gratidão, que toda essa grande multidão de pessoas deu ao meu Filho, que sofreu tanto e cujo primeiro passo foi em direção a eles, para beatificá-los e trazê-los juntos para a glória celestial. E então, como Ele morre, também começaram as conquistas, a glória, para Jesus e todos aqueles que O amavam.

Isto, querida filha, é símbolo de como, quando a criatura faz morrer a sua vontade, em união com a Vontade Divina, começam as conquistas na ordem divina, a glória e a alegria, mesmo no meio das maiores dores. No entanto, apesar dos olhos da minha alma seguirem o meu Filho, a nunca mais perdê-Lo de vista, nesses três dias que esteve enterrado, senti tanta ansiedade por vê-Lo ressuscitado, que andava repetindo no meu ardor de amor: “Levante-se, minha glória! Levante-se, minha vida!” Os meus desejos eram ardentes; os meus anseios inflamavam-se, até me sentir consumida.

Agora, nessas ansiedades, vi que meu querido Filho, acompanhado por essa grande multidão de pessoas, saiu da mansão dos mortos em ato de triunfo e Se colocou no sepulcro. Era a madrugada do terceiro dia; e, como toda a natureza O chorou, assim agora rejubilara; tanto que o Sol antecipou o seu curso para estar presente no ato em que meu Filho ressuscitava. Mas, oh maravilha, antes de ressurgir, fez com que aquela multidão de pessoas visse a sua Santíssima Humanidade sangrenta, ferida e desfigurada, como estava reduzida por amor a eles e a todos. Todos ficaram comovidos e admiraram-No os excessos de amor e o grande sinal da Redenção. 

Agora, minha filha, oh! como queria que estivesse presente no ato em que meu Filho ressuscitou! Ele era majestoso; a sua Divindade unida à sua Alma fez surgir mares de luz e de beleza encantadora a preencher Céu e terra. E, como triunfante, fazendo uso de seu poder, ordenou à sua morta Humanidade que recebesse de novo a sua alma e ressurgisse triunfante e gloriosa a vida imortal. Que ato solene! Meu querido Jesus triunfava sobre a morte, dizendo: “Morte, você não mais será morte, mas vida!“

Com este ato triunfante, Ele colocava o selo de que era Homem e Deus; e com sua ressurreição, confirmava sua doutrina, os milagres, a vida dos sacramentos e toda a vida da Igreja. E não só, mas dava o triunfo sobre a vontade humana, enfraquecida e quase extinta no bem verdadeiro, a fim de tornar triunfante sobre essa a Vida do Querer Divino, que devia trazer às criaturas a plenitude da Santidade e de todos os bens; e, ao mesmo tempo, lançava nos corpos, em virtude da sua Ressurreição, o germe de ressuscitar à glória imperecível. Minha filha, a Ressurreição de meu Filho encerra tudo e é o ato mais solene que Ele fez por amor às criaturas.

Agora, escute-me, minha filha: quero falar como uma Mãe que ama muito a sua filha. Quero dizer-lhe o que significa fazer a Vontade Divina e viver d’Essa e o exemplo que lhe damos, meu Filho e eu. Nossa vida estava cheia de aflições, pobreza, humilhações, até ver o meu amado Filho morrer de dores; mas, em tudo isso, fluía a Vontade Divina. E essa era a vida das nossas dores, e nós nos sentíamos triunfantes e conquistadores, mudando a própria morte em vida. Tanto que, ao ver o grande bem, voluntariamente nos oferecemos a sofrer, porque, com a Divina Vontade em nós, ninguém poderia impor-se sobre Essa ou sobre nós. O sofrimento estava em nosso poder, e nós o pedíamos como alimento e triunfo da Redenção, para poder trazer todo o bem para o mundo inteiro.

Agora, querida filha, se a sua vida e os seus sofrimentos têm como centro de vida a Divina Vontade, tenha certeza de que o doce Jesus usará você e seus sofrimentos para dar ajuda, luz e graça a todo o universo. Portanto, tenha coragem; a Divina Vontade sabe fazer grandes coisas onde Essa reina e, em todas as circunstâncias, espelhe-se em mim e no seu doce Jesus e siga em frente.

A Alma:
Santa Mãe, se a Senhora me ajudar e me manter defendida sob seu manto, sendo minha Sentinela Celestial, estou certa de que todas as minhas dores serão convertidas em Vontade de Deus; e a seguirei passo a passo, nos caminhos intermináveis do Fiat Supremo. Sei que seu amor encantador de Mãe e sua Potência vencerão a minha vontade, e a manterão em seu poder e me a trocarão pela Divina Vontade. Portanto, minha Mãe, confio-me à Senhora e me abandono em seus braços.

Pequena flor:
Hoje, para me honrar, dirá sete vezes: “Não a minha vontade, mas a Sua Vontade seja feita”, oferecendo as minhas dores para me pedir a graça de sempre fazer a Divina Vontade.

Jaculatória:
Minha Mãe, pela Ressurreição de seu Filho, faça-me ressurgir na Vontade de Deus.