Com base nos escritos de Luísa Piccarreta, Thomas Fahy conta como Jesus preparou essa pequena filha da Divina Vontade para ensiná-la tudo sobre o Reino do Pai.
Nesta parte vou falar sobre a vida de Luísa Piccarreta. Como já vos disse antes, Jesus procurava pela menor das almas que ele pudesse encontrar na Terra para dar a ela o maior dos dons.
Luísa tinha apenas educação primária. Ela nasceu em 23 de Abril de 1865 e foi batizada no mesmo dia pelo seu tio, na mesma tarde de seu nascimento, ele era padre. Mais tarde em sua vida, sua mãe contou-lhe que ela havia nascido ao contrário, que ela não havia nascido do jeito normal. E Jesus depois revelara que isto aconteceu porque sua vida seria contrária à direção que o mundo caminha agora. Isto é um sinal de que ela era o contrário de todo o mundanismo dos tempos atuais. Quando ela tinha 6 anos recebeu sua educação primária, e foi o único grau de escolaridade que alcançou. Quando tinha 9 anos recebeu sua Primeira Comunhão e Crisma no mesmo dia. Quando tinha 11 anos se juntou a uma pequena sociedade de jovens dedicadas à Maria. Mas quando tinha 13 anos nosso Senhor a colocou em teste. Tem uma coisa que quero falar sobre isso, mas falarei depois. Então, Ele a colocou em teste e deixou que demônios continuamente a tentassem e atormentassem por três anos e meio. E ela teve que passar por todas aquelas horríveis tentações, horríveis pensamentos que os demônios colocavam em sua mente, todos os tipos de ataques contra ela. E quando isso acabou Jesus a parabenizou porque ela venceu, ela nunca cedeu às tentações em cometer pecado.
Quando ela tinha 17 anos as coisas começaram a acontecer de maneira diferente. Jesus perguntou se Luísa estava disposta a ser uma alma vítima de sofrimentos para estabelecer a justiça divina à humanidade do nosso tempo e do tempo dela. Ela pensou que Jesus havia pedido isso por apenas quarenta dias e ela consentiu em ser uma alma vítima e deu a Jesus o direito de submeter sua vida a sofrimentos especiais. Mas Jesus não quis dizer que era somente por quarenta dias e sim pelo resto de sua vida e ela se acostumou com aquilo. O primeiro sinal, por ter aceito esta condição de alma vítima, foi quando estava andando e se sentiu muito fraca, tendo que se deitar em uma cama. De tudo que Jesus faria, Ele deu a ela estigmas invisíveis. Esta foi uma parte. Outra parte foi quando ela estava à mesa com sua família para o jantar e começou a vomitar toda comida que ingeria. Seus pais ligaram para médicos e também para padres, mas ninguém conseguia entender o que estava acontecendo. Um padre até a tratou muito mal, porque pensava que estava fingindo, agindo como pecadora, e ela teve que sofrer tudo com dignidade, e isto aconteceu por cerca de cinco anos. Com 22 anos ela ficou permanentemente de cama até pouco depois de completar 82 anos, quando morreu. Por isso que dizem que ela permaneceu quase 64 anos de cama. Mas Jesus queria que ela estivesse nesta situação porque Ele queria sua atenção integral, Ele não queria que ela se distraísse por nada mais. Ele queria ter uma relação bem próxima com ela para ensiná-la tudo sobre o Reino do Pai, tudo que Ele queria que a humanidade soubesse, e ela anotava tudo, mesmo tendo apenas escolaridade primária. E ela escreveu algumas das mais sublimes frases já lidas no universo. Não há nada como este Livro do Céu. Nós aprendemos mais neste livro sobre o plano de Deus para a humanidade do que em qualquer outra fonte ou livro no mundo.
E ela estava sendo preparada para sua missão. No ano seguinte, quando ela tinha 23 anos, Jesus aumentou sua união com Luísa ao ponto de um matrimônio místico. Foi por volta de 1888, que ela recebeu esta graça especial chamada de matrimônio místico, assim como outros santos, como São João da Cruz, o receberam séculos antes. No ano seguinte, no dia 8 de setembro, Jesus levou sua alma até o Céu, e perante a Santíssima Trindade e a corte celestial, Jesus colocou Santa Catarina de Sena ao seu lado. E eu acho que a razão de Ele ter colocado Santa Catarina ao seu lado foi porque quando Luísa tinha 18 anos ela entrou para a Terceira Ordem Dominicana. Então Jesus repetiu a cerimônia do Matrimônio Místico lá no Céu perante a corte celestial e colocou um anel no dedo com três cores: vermelho, branco e verde. Quando aquela cerimônia acabou ela voltou para sua cama e Jesus ainda não a fez escrever nada; Ele só a fez escrever 21 anos depois. Mas, alguns dias depois daquela cerimônia, a Santíssima Trindade desceu até seu quarto e concedeu a ela o dom perdido por Adão, concedeu a ela o dom da Divina Vontade, que começou a operar nela como é feito no Céu. Isto foi por volta de 1889, quase 10 anos depois, em 28 de fevereiro de 1899, seu confessor recomendou que ela começasse a escrever tudo que Jesus dizia a ela.
Uma das formas mais importantes que Jesus a comunicou sobre o que Ele queria que ela escrevesse, foi que à 1h da manhã Ele vinha e levava sua alma para fora de seu corpo. E seu corpo permanecia rígido sentado na cama, e Ele levava sua alma por todo o universo até ao Céu, e explicava a ela tudo que ele queria que nós soubéssemos. Por algum tempo, por vários anos, um padre fazia o sinal da cruz em sua mão para que sua alma voltasse ao seu corpo, e ela se preparava para a missa em seu quarto. O papa Pio X deu permissão para que a missa fosse celebrada em seu quarto. Então ela se preparava para a missa, participava da missa e permanecia por duas horas em ação de graças por ter recebido a Santa Comunhão. E mais tarde ela começava a escrever tudo que Jesus a havia dito quando sua alma estava fora do corpo, que era da 1 às 6 da manhã. Não era a única maneira, mas uma das maneiras que Ele comunicava os ensinamentos sobre a Divina Vontade. Tenho algumas coisas aqui para compartilhar com vocês retiradas do Livro do Céu, mas vou fazê-lo na próxima sessão. E Luísa permaneceu assim pelo resto de sua vida. Quero destacar que Deus providenciou que ela fosse visitada por padres muito santos. Em 1910, ele, que agora é São Aníbal de Francia e que fundou uma ordem religiosa dos Rogacionistas do Sagrado Coração, (isso é importante porque São Aníbal ficou encantado com seus escritos), começou a usar sua ordem para transmitir seus escritos, livros que eram alguns em volumes mais grossos, outros mais finos, uns maiores, outros menores. Ele transmitia esses escritos e foi nomeado pelo bispo como diretor dos escritos dela. Em 1926, ele foi apontado como revisor oficial de seus escritos. Em 1926, na primavera, não, me desculpe, no outono, ele completou a revisão dos dezenove primeiros volumes, e escreveu na primeira página de cada um desses volumes. Isso foi feito até mesmo pelo arcebispo daquela época.
Este é um grande adicional para a vinda do Reino. Em 1997, o Santo Papa João Paulo II, no 15º aniversário dos Rogacionistas, falou publicamente e citou algumas palavras de São Aníbal de Francia, disse as seguintes palavras: “O Espírito Santo quer enriquecer os cristãos com uma nova e divina Santidade no cume do Terceiro Milênio Cristão”. Nós sabemos que o dom da Divina Vontade e a vinda do Reino do Pai é a nova e divina Santidade sobre a qual São João Paulo II falava. Então, nós temos muitas confirmações sobre a vinda do Reino. Na próxima parte vou falar sobre a necessidade do Livro do Céu e vou partilhar alguns pontos sobre ele.
Tradução:Pâmela Zambuzzi (texto) / Fernando Nascimento (voz)
Saiba mais sobre o 4º vídeo de formação do Thomas Fahy: A Divina Vontade: principal motor de todo e qualquer movimento