Julho é o mês do Preciosíssimo Sangue de Jesus | Imagem: iStock

 

“Senhor, lembra-te de mim quando estiveres no Paraíso”. Essas foram as palavras daquele que estava ao lado de Jesus na cruz, conhecido como o “bom ladrão”.

“…Lembra-te de mim”… Meus irmãos, tenhamos a certeza, plena, de que não há um só segundo, do tempo como o conhecemos, que Jesus não se lembre de nós, e o faz a cada batida do Seu Sacratíssimo Coração, humano e divino. Acaso não foi para isso que Ele veio a esta terra? Para nos mostrar o amor (Ele mesmo), para nos ensinar a amar? Amar o Pai sobre todas as coisas, e para dizer que, assim, todas as demais coisas seriam acrescentadas?

“Lembra-te de mim…” Não nos preocupemos, o Senhor tudo vê (Ele é Onisciente), e tem memória. Nada lhe passa desapercebido e não há pedido que não seja ouvido ou esquecido. Ele ouve, carinhosamente, e realiza tudo, porque Ele se sem compraz em nos atender, sempre de acordo com a Sua Santíssima Vontade.

O pressuposto é sempre o amor. O “bom ladrão”, tendo visto a face do próprio Deus, no Filho crucificado, reconhece a Deus, professa sua fé e o seu amor, experimenta a Sua Misericórdia e, portanto, deseja estar para sempre com Ele. Aquele que morria na cruz ao lado de Jesus, no momento derradeiro, devolve o amor que Deus (desde sempre) teve por ele; Deus se alegra, o acolhe e o salva.

Assim é o amor do Pai que Jesus veio nos revelar. Amor que desde a Criação Deus tem para conosco, todos e cada um de nós. Amou-nos a ponto de enviar o Seu único Filho para morrer por nós. Na Cruz, o sangue de Jesus se esgotou, significando que Ele não reservou nada para Si, deu-Se todo, por inteiro, até a última gota. Deus que se dá ao homem, humana e divinamente. E continua a fazê-lo, na Eucaristia, incansavelmente, sem Se esgotar, para o bem da humanidade. A cruz, a qual abraçou por amor, tendo sido chamado de louco por isso, nos mostra que a sua “loucura” sempre foi o amor. Abraçou-a, e enquanto morria nela, pedia perdão a Deus por nossa falta de amor, por nossa ingratidão.

Tendo vencido a morte, para dar-nos vida, e vida eterna, não nos deixou órfãos; deixa-Se no Pão e Vinho, que com o Espírito Santo e com o Pai se transformam em Alimento divino, salutar, para nutrir a nossa alma, e o corpo.

Nesse mês, dedicado ao Precioso Sangue de Jesus, sinal de Seu Supremo Amor, não O deixemos esperando e digamos: “Senhor, lembrei-me de Ti…” E, uma vez nutridos do Seu corpo e do Seu sangue, sigamos fortalecidos em nossas lutas cotidianas rumo à posse do que Jesus já nos conquistou: a felicidade plena, o Reino (que começa já nesta terra) e a nossa salvação. E assim como o bom ladrão, seremos um triunfo do amor de Deus.

Oração:

“Ó meu Jesus… Seja o Teu sangue, para todas as almas, luz nas trevas, conforto nas dores, força na fragilidade, perdão na culpa, ajuda nas tentações, defesa nos perigos, sustento na morte e asas para transportá-las desta terra para o Céu.” (As 24 Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, 21ª Hora).

Neste mês, meditemos “As 24 Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

Este artigo foi publicado na Revista Brasil Cristão, edição de Julho/2024