Vinte anos da canonização de Santo Aníbal
O sacerdote italiano foi canonizado por São João Paulo II há duas décadas e a sua vida inspira os fiéis do mundo
Em 16 de maio de 2004, no Vaticano, o sacerdote italiano, Aníbal Maria Di Francia (1851-1927), foi canonizado por São João Paulo II diante de uma multidão de fiéis.
Na semana em que se celebra a canonização do diretor espiritual da serva de Deus Luisa Piccarreta (1865-1947) e um dos responsáveis em propagar a Divina Vontade, trazemos as palavras profundas de São João Paulo II (1920-2005) na canonização de Santo Aníbal.
Naquela ocasião, outros cinco beatos foram canonizados, e sobre Santo Aníbal, o papa disse:
“Se alguém me ama, guarda a minha palavra” (Jo 14, 23).
Nestas palavras evangélicas, apresenta-se-nos delineado o perfil espiritual de Aníbal Maria Di Francia que, o amor ao Senhor, o estimulou a dedicar a existência inteira ao bem espiritual do próximo. Nesta perspectiva, ele sentia sobretudo a urgência de realizar este mandato evangélico: “Rogate ergo… Por isso, pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara!” (Mt 9, 38).
Santo Aníbal nos inspira a amar Cristo
“Dou-vos a minha paz!” (Jo 14, 27).
Aos Padres rogacionistas e às Irmãs Filhas do Zelo Divino, deixou a tarefa de se empenharem com todas as forças, a fim de que a oração pelas vocações fosse “incessante e universal”. O Pe. Aníbal Maria Di Francia dirige este mesmo convite aos jovens do nosso tempo, resumindo-o na sua exortação habitual: “Apaixonai-vos por Jesus Cristo!”.
Desta intuição providencial nasceu no interior da Igreja um grande movimento de oração pelas vocações. Formulo votos de coração para que o exemplo do Pe. Aníbal Maria Di Francia oriente e sustente esta acção pastoral também no tempo presente.
“O Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, Ele ensinar-vos-á todas as coisas e farvos-á recordar tudo o que Eu vos disse” (Jo 14, 26).
“Não fiqueis perturbados, nem tenhais medo!” (Jo 14, 27). As vicissitudes terrestres destes seis novos Beatos impelem-nos a perseverar no nosso próprio caminho, confiando na ajuda de Deus e na protecção maternal de Maria. Que agora, do céu, eles velem sobre nós e nos sustentem com a sua poderosa intercessão.
Padre Guido Mottinelli, sacerdote rogacionista, fala sobre Santo Aníbal:
Santa Sé, domingo, 16 de maio de 2004.
Conheça Santo Aníbal Maria Di Francia
São Luis Orione, canonizado junto a Santo Aníbal
No mesmo dia em que Santo Aníbal Maria Di Francia foi canonizado, o seu amigo, Luis Orione também foi elevado aos altares como santo. A amizade entre os dois religiosos frutificou espiritualmente e gerou frutos para a humanidade.
Sobre São Luis Orione, o Papa João Paulo II afirmou:
Estas palavras dos Actos dos Apóstolos podem aplicar-se oportunamente a São Luís Orione, homem totalmente entregue à causa de Cristo e do seu Reino. Sofrimentos físicos e morais, cansaços,dificuldades, incompreensões e obstáculos de todos os tipos marcaram o seu ministério apostólico.
“Cristo, a Igreja e as almas dizia ele são amados e servidos na cruz e na crucifixão, ou não são de modo algum amados nem servidos” (Escritos, 68, 81).
Hoje celebramos também a Solenidade de São Luis Orione, amigo de Santo Aníbal Maria di Francia. É claro que, sobre a sua vida, este não é seu maior mérito. Ele tem as suas próprias virtudes, história e missão.
Mas aqui, tomamos a liberdade de falar exclusivamente sobre esta amizade que, de alguma forma, o liga à Divina Vontade.
Linda essa história de amizade entre estes dois santos que viveram na mesma época (meados de 1900) na Itália; um do sul (Aníbal) e o outro do norte, até que, como quis a Divina Providência, se conheceram em um momento difícil, de guerra e doença.
Nesse mesma época, Luísa Piccarreta relatava em seus escritos tudo aquilo que Jesus lhe dizia sobre a Divina Vontade; Aníbal era seu confessor e revisor.
Contam alguns que Santo Aníbal levou o amigo Orione para conhecer esta Serva de Deus, a pequena Filha da Divina Vontade.
Os dois amigos tornaram-se santos; foram canonizados no mesmo dia, 16 de maio de 2004, por João Paulo II, hoje, também santo (que autorizou a abertura do processo de beatificação de Luísa Piccarreta).
Peçamos a intercessão destes que estão junto a Deus Pai, por todos nós.
São Luis Orione disse: “O que não fiz pelo Brasil em vida, o farei depois da morte!”
Que Deus permita que assim seja.
Nós cremos!
Por Eliane Donaire